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SAÚDE DO TRABALHADOR: Lesões por Esforços Repetitivos / Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho

Dia Mundial de Combate às LER/Dort

O Dia Mundial de Combate a LER/Dort é uma data importante que visa conscientizar a população sobre as Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). A LER/Dort são estabelecidas pelo Guia de Vigilância em Saúde como síndromes clínicas que afetam o sistema musculoesquelético e nervoso do paciente. Elas podem ser causadas, mantidas ou agravadas pelo trabalho e atingem diversas categorias profissionais.

O que são LER e DORT?
Dia Mundial de Combate às LER/Dort

LER (Lesões por Esforço Repetitivo) e DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) são síndromes clínicas que afetam o sistema musculoesquelético e nervoso dos trabalhadores. Elas são causadas, em grande parte, por atividades repetitivas, posturas inadequadas, exposição prolongada a esforços físicos e fatores ergonômicos ou organizacionais no ambiente de trabalho.

Essas condições podem se manifestar como desconforto, formigamento, fraqueza, dor crônica ou incapacidade de realizar movimentos simples, como segurar objetos.

Complicações e Impactos

Conforme informações do Ministério da Saúde, as complicações das Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) podem incluir:

Incapacidade temporária parcial para o trabalho, quando o trabalhador precisa de um período de afastamento ou adaptação.
Incapacidade permanente parcial ou total, que pode levar à perda precoce da capacidade laboral, afastamento prolongado ou até aposentadoria por invalidez.

Esses impactos afetam não apenas a saúde física, mas também a qualidade de vida, a produtividade e os custos sociais e econômicos, como afastamentos pelo INSS ou gastos com tratamento.

Causas e Fatores de Risco

As LER/DORT são frequentemente associadas a:

  • Movimentos repetitivos: Realizados por longas horas, como digitatação, uso de ferramentas ou linhas de produção.
  • Posturas inadequadas: Trabalhar em posições que sobrecarregam músculos e articulações, como manter o pescoço inclinado ou os pulsos dobrados.
  • Fatores ergonômicos e organizacionais: Equipamentos mal ajustados, ausência de pausas, pressões por metas, jornadas exaustivas e falta de treinamentos.

Prevenção e Tratamento

Prevenção:
A principal orientação é identificar e mitigar os fatores de risco o mais cedo possível. Isso inclui:

  • Adoção de medidas ergonômicas, como cadeiras ajustáveis, suportes para pulsos e pausas regulares.
  • Treinamentos para os trabalhadores sobre posturas corretas e limites físicos.
  • Inspeções sanitárias em saúde do trabalhador, realizadas pelas equipes de Vigilância em Saúde do Trabalhador, para avaliar e adequar ambientes e processos de trabalho.
  • Orientações específicas também podem ser dadas por profissionais habilitados que conheçam as condições dos ambientes e do processo de trabalho que cada paciente está inserido.
  • A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde destacam a conscientização, especialmente no Dia Mundial de Combate às LER/Dort, como uma estratégia preventiva.

Tratamento:
Com efeito, o atendimento pode ser oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e, portanto, envolve uma equipe interdisciplinar que, por exemplo, inclui fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, assistentes sociais, educadores físicos, médicos, psicólogos e profissionais de terapias complementares.

  • Fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, assistentes sociais, educadores físicos, médicos, psicólogos e profissionais de terapias complementares.

    A Unidade Básica de Saúde (UBS) pode acompanhar os primeiros sintomas e casos de baixa complexidade. Em casos mais graves, médicos encaminham o paciente a especialistas via Rede de Atenção à Saúde do município. O tratamento visa aliviar a dor, restaurar a funcionalidade e prevenir a progressão das lesões, frequentemente com fisioterapia, reabilitação e, em alguns casos, cirurgia.

Confira algumas profissões mais comumente relacionadas às lesões:

  • Trabalhadores de teleatendimento;
  • Operadores de caixas;
  • Digitadores;
  • Escriturários;
  • Montadores de pequenas peças e componentes;
  • Trabalhadores de confecção de calçados;
  • Costureiros;
  • Telefonistas;
  • Passadeiras;
  • Cozinheiros e auxiliares de cozinha;
  • Trabalhadores de limpeza;
  • Auxiliares de odontologia;
  • Cortadores de cana;
  • Profissionais de controle de qualidade;
  • Operadores de máquinas e de terminais de computador;
  • Auxiliares e técnicos administrativos;
  • Auxiliares de contabilidade;
  • Pedreiros;
  • Secretários;
  • Copeiros;
  • Eletricistas;
  • Bancários;
  • Trabalhadores da indústria; e
  • entre outras.


Entre 2018 e 2023, Minas Gerais registrou cerca de 5.557 a 6.946 casos de LER/DORT, com predominância em trabalhadores de 40 a 59 anos (56,1%), ligeira maioria masculina (53,13%), e maior incidência nos setores industrial, de serviços e saúde. A pandemia aumentou os casos devido ao trabalho remoto, e a notificação compulsória de 2024 promete melhorar o monitoramento. Com efeito, o impacto das Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) inclui afastamentos, benefícios previdenciários e custos econômicos, mas, além disso, medidas preventivas, como a adoção de ergonomia e a realização de treinamentos, podem, portanto, reduzir significativamente esses números.

As LER/DORT continuam sendo um desafio significativo para a saúde do trabalhador no Brasil, com complicações que podem levar a incapacidades temporárias ou permanentes. O Ministério da Saúde, por meio do SUS, oferece tratamento interdisciplinar e foca na prevenção através de vigilância, conscientização e adequação ergonômica, reforçando o compromisso com ambientes de trabalho mais seguros.

Dia Mundial de Combate às LER/Dort

Fonte: https://www.gov.br/saude/